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Artigos e Notícias

VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR?

Uma das queixas mais frequentes da atualidade é a fadiga decorrente do trabalho, especialmente em tempos de pandemia.

Embora o home office tenha grandes vantagens, ele também traz o convite a jornadas extensas e extenuantes. E não é diferente com o gradual retorno às atividades presenciais ou híbridas, que exige adaptação e tarefas diversificadas.

O burnout, antes mais habitual em certas profissões, é uma ameaça a todo aquele que não respeitar os limites de sua saúde.

Neste sentido, a ideia de que o bom profissional é quem fica horas trabalhando, sem parar, e de que tal rotina traz alto desempenho e rendimento, está cada vez mais superada.

Aliás, geralmente essa mentalidade decorre de algo gravado no inconsciente, desde a infância, de que descansar é para fracos ou que apenas o trabalho árduo traz bons resultados.

Jay Shetty, autor de “Pense como um Monge”, conduz um instrutivo podcast chamado “On Purpose”, disponível no Spotify.

Em recente episódio, ele refere que todos deveríamos fazer diversos intervalos em nossa rotina.

Até mesmo as reuniões marcadas durante o dia deveriam ter um intervalo mínimo entre elas, para evitar entrar em uma com a carga mental e emocional decorrente da anterior. Segundo Jay, esses são os intervalos que deveríamos fazer:

– 5 minutos a cada hora, para se hidratar, levantando da estação de trabalho e indo buscar água em outro local. Com isso, é possível atingir ou se aproximar do consumo mínimo recomendado por dia.  Neste período, deve-se observar, preferencialmente, algum elemento da natureza, mesmo que seja pela janela.

– 15 minutos a cada 4 horas, para deixar a mente solta, sem estar resolvendo algo do trabalho. Neste intervalo, consumir algum lanche saudável, longe das telas, para evitar a tentação de olhar aqueles novos e-mails chegando.

– 30 minutos para almoçar, ou seja, para realmente aproveitar a refeição, mastigando com tranquilidade e fazendo uma boa digestão. Novamente, fora da estação de trabalho e sem olhar no celular enquanto come.

– A cada 30 dias, ao menos um fim de semana inteiro sem trabalho, fazendo atividades de lazer: apreciar a natureza, viajar com amigos e/ou família, praticar esportes, ler obras não relacionadas ao trabalho, ou simplesmente descansar e fazer nada (algo extremamente difícil em nossa realidade atual).

– A cada trimestre, tirar um final de semana prolongado de três dias para descanso, no qual deve-se evitar ficar com o celular por perto.

– Uma vez ao ano, férias não inferiores a 20 dias.

Com essas paradas, além de maior produtividade, reduz-se as chances de problemas de saúde, estresse e o temido burnout.

Em outras palavras, é importante não trabalhar por longos períodos de forma automática, sem fazer essas paradas estratégicas, pois nestes momentos damos espaço à mente para que surjam as melhores soluções para problemas considerados intransponíveis. Se for possível utilizar esses intervalos para minutos de meditação, os resultados serão ainda melhores.

Você já tinha parado para pensar nisso?

 

por Marcelo Oronoz