O MODELO DE GESTÃO PARTNERSHIP E A MERITOCRACIA
Hoje precisamos, mais do que nunca, manter vivo nosso processo de aprendizagem. A vida mudou, a forma de aprender mudou e o conhecimento está cada vez mais acessível. Lembrando as palavras de Alvin Toffler: “o analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender”.
Além disso, a convergência de tecnologia permite que façamos diferente do modo como fazíamos no passado. Estamos vivendo experiências diversas, e as empresas estão mudando seus modelos de negócios para manterem-se atualizadas, vivas, dinâmicas e, porque não, mais lucrativas.
As ferramentas usadas pelas empresas, até então, trabalhavam com certezas. Agora, contudo, é obrigatório lidar com as incertezas. Planejar no curto prazo.
Focando na cultura empresarial como forma de desenvolver os negócios, as empresas buscam pessoas engajadas, e surgem então as perguntas cruciais para um possível novo colaborador:
Por que você quer fazer parte do meu time?
Qual o seu propósito ao juntar-se à nossa organização?
Hoje, o modelo de gestão denominado partnership se adequa melhor a esta nova realidade, permitindo um melhor alinhamento de interesses. Um colaborador passa a ter mais interesse no sucesso de longo prazo da empresa.
Por que? Ele vê a possibilidade de tornar-se sócio.
Como? O partnership é diferente de um programa de participação nos lucros, muito embora englobe tal possibilidade. O foco é outro: possibilitar que o colaborador-chave na organização, que se dedicou intensamente ao propósito e às metas, tenha a possibilidade de se tornar sócio. Assim, um funcionário de muito valor para a empresa pode se tornar um sócio importante e contribuir ainda mais com o crescimento da mesma.
Obviamente que, para poder vestir-se neste direito (essa relação se faz com o termo “vesting”, utilizado ao contrato jurídico aplicável), se faz necessário atingir níveis específicos em determinados indicadores, tais como:
– Key Performance Indicators (KPIs): são métricas de desempenho que avaliam o sucesso de uma organização ou de uma atividade específica. Os KPIs podem se aplicar a projetos, planos de ação, programas, produtos e a uma variedade de outras iniciativas. Existem muitos tipos de KPIs, e escolher o mais adequado depende de fatores como o setor em que sua empresa está inserida e a maturidade do negócio.
– Objectives and Key Results (OKRs): descrevem os “objetivos” da empresa e da equipe, juntamente com os “resultados-chave” mensuráveis que definem o alcance de cada objetivo. Os OKRs representam metas desafiadoras e definem os passos mensuráveis que você tomará para atingir esses objetivos.
A meritocracia é o motor do modelo partnership, por isso a importância em adotar indicadores claros. O modelo visa a beneficiar proporcionalmente aos colaboradores que geram mais resultados.
por Alexandre Tonin