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Artigos e Notícias

Empresário: Seu contador e seu jurídico conversam?

É comum encontrarmos, no cotidiano da prática jurídica, empresas onde os setores contábil e jurídico não se comunicam.

Independentemente de serem departamentos internos ou serviços terceirizados, a falta de interação entre eles pode causar muitas dores de cabeça para os donos de negócios.

Vemos, corriqueiramente, sérios problemas societários, trabalhistas e contratuais, pela ausência de consulta ao jurídico. Em especial, quando o empresário quer “economizar” e solicita todas as análises e documentos ao contador.

Também é frequente vermos atividades que demandam estudo financeiro e contábil serem feitas de forma precária por advogados. E, no fim, a estratégia da conta não fecha.

Contador não é advogado e advogado não é contador. O óbvio precisa ser dito.

Embora bons profissionais saibam transitar e entender as ferramentas de ambas as profissões, não fomos capacitados, habilitados e treinados para exercer o ofício um do outro.

Daí que, embora com a melhor das intenções, um contrato social elaborado pelo contador pode pecar em cláusulas estratégicas. Um contrato de trabalho ou um contrato com fornecedores, todos demandam olhar jurídico atento.

Da mesma forma, a estratégia financeira e contábil não pode ser gerenciada pelo advogado. Ainda que o advogado tributarista, por exemplo, domine os conceitos contábeis e fiscais, precisa ter auxílio do profissional expert nos procedimentos próprios da contabilidade.

Quem gere um negócio (pequeno ou grande, físico ou virtual) precisa entender que uma empresa é um organismo com necessidades multidisciplinares.

O jurídico e o contábil são serviços básicos necessários para que qualquer empresa funcione adequadamente.

No Brasil, existe a cultura do “remediar”, ou seja, de resolver o problema somente depois que ele ocorre. Esse pensamento gera muito mais despesas do que o empresário imagina.

A prevenção é sempre mais vantajosa em médio e longo prazos.

Portanto, empresário, lembre-se:

Consulte sempre seu contador e seu advogado e, sobretudo, faça com que ambos tenham uma excelente comunicação, para que sua empresa minimize riscos, opte por estratégias mais inteligentes e opere sem sustos desnecessários.

 

por Luciana Farias