Não há dúvida de que os processos judiciais são muito demorados e, conforme o tipo, podem levar décadas para terminar.
Isso ocorre por vários motivos, mas os principais são:
- Insuficiência estrutural e operacional do sistema judiciário frente à quantidade gigantesca de processos em andamento no país (cerca de 80 milhões);
- Legislação processual com muitas possibilidades de manifestações e recursos em todas as instâncias do processo;
- Cultura adversarial arraigada no inconsciente coletivo e alta tendência a polarizações;
- Advogados formados para um jogo de “ganha-perde”, com pouca ou nenhuma habilidade de composição (em negociação, conciliação e mediação);
Nos últimos anos, contudo, vêm ocorrendo muitos movimentos em prol da não judicialização dos conflitos.
Nos casos em que as partes envolvidas em conflitos possuem maior nível de autoconhecimento e capacidade de entender e analisar cenários de negociação, chega-se a resultados surpreendentes. Todos sentem-se acolhidos em suas demandas e reconhecem, de forma consciente, quais pontos podem ceder.
Muitos casos, contudo, quando representadas por advogados sem habilidades negociais e apenas formados para “brigar”, as partes não atingem o melhor resultado possível, justamente porque há incentivo ao confronto – o que afasta ainda mais o equilíbrio buscado da negociação.
Nós, da MFO, entendemos que fomentar a guerra entre as partes causa muito mais danos do que ganhos. Sabemos que os melhores profissionais têm ferramentas para distinguir as boas oportunidades para seus clientes, sem desgastes desnecessários e com a maior agilidade possível, dentro dos contextos adequados.
Assim, antes de pensar na demora do processo, pergunte-se: o processo era mesmo necessário?